A árvore natalina é
simbolizada por um pinheiro enfeitado de luzes e de bolinhas vitrificadas
coloridas, e para os cristãos e reúne dois símbolos religiosos: a luz e a vida.
Uma a lenda conta que havia três árvores próximas aos presépios:
uma oliveira, uma tamareira e um pinheirinho, que desejavam honrar o
recém-nascido. A oliveira ofereceu suas azeitonas, e a tamareira suas tâmaras,
mas o pinheirinho não tinha nada a ofertar. Lá do alto, as estrelas desceram do
céu e pousaram sobre os galhos do pinheirinho oferecendo-se como presente.
A tradição da árvore
é bem antiga (segundo e o terceiro milênio A.C.), quando povos indo-europeus
consideravam as árvores uma expressão da energia de fertilidade da Natureza,
por isso lhes rendiam culto. A civilização egípcia considerava a tamareira como
árvore da vida e a enfeitava com doces e frutas para as crianças. Na Roma
Antiga, os romanos penduravam máscaras de Baco, o deus do vinho, em pinheiros
para comemorar uma festa chamada "Saturnália", que coincidia com o
nosso Natal. Na Mitologia Grega, as árvores eram utilizadas para reverenciar
deuses. Elas representavam as possibilidades de evolução e elevação do homem e
eram consideradas intermediárias entre o céu e a terra. Na China, o pinheiro
simboliza a longa vida e, no Japão, a imortalidade.
O carvalho foi, em muitos casos, considerado a mais poderosa das árvores. No
inverno, quando suas folhas caíam, os povos antigos costumavam colocar
diferentes enfeites nele para atrair o espírito da natureza, que se pensava que
havia fugido.
A atual árvore de Natal
aparece na Alemanha, no século XVI e, no século seguinte, são
iluminadas com velas. No século XIX, em 1837, a esposa alemã do duque de
Orleans introduz este costume na França. Ainda no século XIX, a tradição chegou
à Inglaterra e a Porto Rico. Em 1912, Boston, nos Estados Unidos, inaugura uma
árvore iluminada numa das praças centrais da cidade, e isto se espalha pelo
mundo, inclusive em países não-cristãos. No século XX, torna-se tradição na
Espanha e na maioria da América Latina.
Em muitos países,
durante o advento, se faz com ramos de pinheiro uma coroa ou guirlanda com
quatro velas para esperar a chegada do menino Jesus., Estas velas simbolizam as
grandes etapas da salvação em Cristo. No primeiro domingo deste tempo
litúrgico, acende-se a primeira vela que simboliza o perdão a Adão e Eva. No
segundo domingo, a segunda vela acesa representa a fé. A terceira vela
simboliza a alegria do rei David, que celebrou a aliança e sua continuidade. A
última vela simboliza o ensinamento dos profetas.
Acender velas nos
remete à festa judaica de Chanuká, que celebra a retomada da Cidade de
Jerusalém pelos irmãos macabeus das mãos dos gregos. Lembramos também da remota
festa pagã do Sol Invencível dos romanos (Dies solis invicti), celebrada na
noite do solstício de inverno, em 25 de dezembro. Os cristãos transformam-na na
festa da luz que é Cristo. Na chama da vela estão presentes todas as forças da
natureza. Vela acesa é símbolo de individuação e de nossos anos vividos. Tantas
velas, tantos anos. Para o cristão, as velas simbolizam a fé, o amor e a vida.
As renas carregam
sinos de anúncio e de convocação. O sino simboliza o respeito ao chamado divino
e representa o ponto de comunicação entre o céu e a terra. Remete ao ambiente
rural, o tempo da igreja matriz e seus sinos e toques de aviso e de convocação
para a vida e para a morte.
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